Mestres

Algumas preces-poema de grandes Mestres que passaram pelo nosso planeta espalhando sementes de Amor e Sabedoria!

À Minha Alma Imemorável (Sathya Sai Baba)

Desperta do sono escurecido pela escuridão,
Desperta do sono triste das ilusões,
Desperta do sono escuro da inércia!

Levanta, filho da Luz!
Levanta, centelha divina de todas as coisas!
Levanta, alma imortal!

Acende a chama brilhante do Amor Divino!
Acende a chama fulgente da compaixão ilimitada!
Acende a chama esplendorosa da paz universal!

Rompe as correntes da ansiedade!
Rompe as correntes das paixões!
Remove o véu da ignorância!

Reconhece, alma minha, que existe um só Uno!
Reconhece, alma minha, que tu és parte do Uno!
Reconhece, alma minha, que tu és o Uno!

Tu és livre dos pensamentos,
Tu és livre das paixões,
Tu és livre das ilusões!

Tu és a paz infinita,
Tu és o mar imenso
E a Luz Onipenetrante.
Tu és Sath, Chit, Ananda:
Ser, Consciência, Beatitude!

Samadhi ( Paramahansa Yogananda)

Levantados os véus de luz e sombra,
Evaporada toda a bruma de tristeza,
Singrado para longe todo o amanhecer de alegria transitória,
Desvanecida a turva miragem dos sentidos.

Amor, ódio, saúde, doença, vida, morte:
Extinguiram-se estas sombras falsas na tela da dualidade.

A tempestade de maya serenou
Com a varinha mágica da intuição profunda.

Presente, passado, futuro, já não existem para mim,
Somente o Eu sempiterno, onifluente, Eu, em toda parte.

Planetas, estrelas, poeira de constelações, terra,
Erupções vulcânicas de cataclismos do juízo final,
A fornalha modeladora da criação,
Geleiras de silenciosos raios X, dilúvios de elétrons ardentes,
 Pensamentos de todos os homens, pretéritos, presentes, Futuros,
Toda folhinha de grama, eu mesmo, a humanidade,
Cada partícula da poeira universal,
Raiva, ambição, bem, mal, salvação, luxúria,
Tudo assimilei, tudo transmutei
No vasto oceano de sangue de meu próprio Ser indiviso.

Júbilo em brasa, freqüentemente abanado pela meditação,
Cegando meus olhos marejados,
Explodiu em labaredas imortais de bem-aventurança,
Consumiu minhas lágrimas, meus limites, meu todo.

Tu és Eu, Eu sou Tu,
O Conhecer, o Conhecedor, o Conhecido, unificados!

Palpitação tranqüila, ininterrupta, paz sempre nova,
Eternamente viva.

Deleite transcendente a todas as expectativas da imaginação,
Beatitude do samadhi!

Nem estado inconsciente,
Nem clorofórmio mental sem regresso voluntário,
Samadhi amplia meu reino consciente
Para além dos limites de minha moldura mortal
Até a mais longínqua fronteira da eternidade,
Onde Eu, o Mar Cósmico,
Observo o pequeno ego flutuando em Mim.

Ouvem-se, dos átomos, murmúrios móveis;
A terra escura, montanhas, vales são líquidos em fusão!

Mares fluidos convertem-se em vapores de nebulosas!

Om sopra sobre os vapores, descortinando prodígios.

Mais além,
Oceanos desdobram-se revelados, elétrons cintilantes,
Até que ao último som do tambor cósmico,
Transfundem-se as luzes mais densas em raios eternos
De bem-aventurança que em tudo se infiltra.

Da alegria eu vim, para a alegria eu vivo, na sagrada alegria,
Dissolvo-me.

Oceano da mente; bebo todas as ondas da criação.

Os quatro véus do sólido, líquido, gasoso, e luminoso,
Levantados.

Eu, em tudo, penetro no Grande Eu.

Extintas para sempre as vacilantes, tremeluzentes sombras,
Das lembranças mortais:
Imaculado é meu céu mental – abaixo, à frente e bem acima;
Eternidade e Eu, um só raio unido.

Pequenina bolha de riso, eu,
Converti-me no próprio Mar da Alegria.



“Pai Celestial, não estou mais cercado pelas barreiras do ‘não posso’. Tenho em mim o Teu grande poder explosivo do ‘eu posso!’ Senhor, abençoa-me para que eu desenvolva esse poder, para que eu possa destruir todas as minhas barreiras e expandir o meu território para além das limitações da existência, até conquistar as forças da Terra e do Teu cosmos ao unir-me a Ti.” (Paramahansa Yogananda)



Supremo Poder (Sri Aurobindo)

Levanta teus olhos para o Sol:
Ele está lá, naquele deslumbrante coração de
vida,  de luz e de  esplendor.
Observa, à noite, as inumeráveis constelações
cintilando como solenes fogos vigilantes da Eternidade,
no silêncio sem limites,  que não é vazio,
mas que vibra com a presença de uma quietude única
e de uma inefável existência.
Vê, lá, Órion com a sua espada e o seu cinturão brilhando,
tal como brilhou para os seus antepassados arianos há dez mil anos,
no início da Era Ariana;
vê Sírius no seu esplendor,
vê Lira navegando a bilhões de milhas
no oceano do espaço.
Lembra-te de que estes inumeráveis mundos,
muitos deles mais poderosos do que os nossos,
giram com indescritível velocidade,
obedecendo àquele Ancião dos Dias...
... e que ninguém, mas apenas Ele conhece...
E, contudo, são um milhão de vezes
mais antigos do que o vosso Himalaia,
mais firmes do que as bases das vossas colinas,
e assim permanecerão, até que Ele os liberte
como folhas secas da árvore eterna do Universo...

Imagina o Tempo sem fim;
tenta perceber o Espaço sem limites;
e então, lembra-te, que quando estes mundos não existiam,
Ele existia; era o mesmo de hoje;
e quando eles não existirem,
Ele existirá, sempre o mesmo...
Repara que, para além de Lira, Ele é;
e longe, no Espaço,
onde as estrelas do Cruzeiro do Sul não podem ser vistas,
também, aí, Ele estará.

E agora, regressa à Terra e percebe quem é este “Ele”.
Ele está muito perto de ti.
Observa aquele velhinho que passa por ti,
curvado pelo peso da vida e dobrado sobre a sua bengala.
Consegues perceber que é Deus que está a passar?
Acolá, uma criança corre e ri,
banhada pela luz do sol.
Consegues ouvi-Lo naquele riso?

Não,
Ele está ainda mais perto de ti.
Ele está dentro de ti...
Ele és tu.
És tu próprio que cintilas, lá,
a milhões de milhas no Espaço Infinito...
Que caminhas com passos seguros
sobre as ondas do mar etéreo...
Foste tu que colocaste as estrelas nos seus lugares
e teceste o colar do Sol, não com mãos,
mas através daquele Ioga, daquela Vontade silenciosa,
sem ato, impessoal, que te colocou hoje, aqui,
a ouvir-te a ti próprio em mim.

Levanta os olhos, Ó criança do antigo Ioga,
e não sejas mais um ser temente e cético!
Não temas, não duvides, não te lamentes!
Porque dentro deste nosso corpo visível,
está AQUELE que pode criar e destruir mundos
com um sopro...

(Continua... estamos em contrução)

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